Aprendendo um pouco mais....

*DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (Intellectual Disabilities)*

Entre as numerosas deficiências que existem, com certeza a deficiência intelectual, (ou deficiências intelectuais) como lemos em documentos vindos do exterior, é a que maior impacto causa nas famílias, muito embora saibamos, mãe que somos de um homem de 53 anos com deficiências múltiplas que qualquer coisa, por pequena que seja, que afete uma criança trará imediatamente angústia, profunda ansiedade aos pais face a face com um fllho recém-nascido diferente do que haviam sonhado durante nove meses. Muitas coisas lindas se têm escrito sobre crianças com deficiências, de que tipo seja, e muitas coisas tristes também se acumularam no coração dos pais, que tiveram que fazer o “enterro” do filho ou filha que sonhavam para incorporar no seu dia a dia um filho que traz inquietações, não se desenvolve como as outras crianças da família, e por isso mesmo nós, seus pais, nos vemos sozinhos em nossa dor, frequentemente abafada dentro de nós mesmos. Entretanto, desde aqueles primeiros dias de pioneirismo das APAES do Brasil, por volta dos anos 60, tudo evoluiu muitíssimo, e os pais mais jovens de nossos dias têm uma visão mais otimista, mais ampla e abrangente do que podemos todos fazer para tornar nossos filhos com limitações pessoas felizes, que esse deve ser o objetivo principal da vida!

Vamos ao texto de hoje, esperando ajudar pais ou professores que até por morarem longe dos grandes centros não teem acesso fácil à informação. “*De todas as deficiências esta – a intelectual – é a mais comum. Outros termos são usados frequentemente para descrever esta deficiência; por exemplo: deficiência de desenvolvimento, retardamento mental, handicap mental ou graves dificuldades de aprendizado. Esta deficiência afeta todos os aspectos do desenvolvimento de uma criança. Elas são mais vagarosas para se desenvolver fisicamente, adquirir linguagem, aprender a cuidar de si mesmas e em dominar habilidades acadêmicas.Contudo, elas não são doentes mentais. Este termo é usado quando pessoas sadias desenvolvem um doença que afeta sua disposição, emoções e comportamento. Com tratamento apropriado podem ficar curadas. No caso de algumas crianças sua limitação intelectual é óbvia na hora do nascimento ou logo depois. Porém, com muitos outros, a situação não será identificada até que a criança comece a frequentar a escola, embora os sinais de alerta estejam, frequentemente, presentes desde bem pequenos. Algumas crianças podem ter deficiências muito graves e podem ter limitações adicionais tais como epilepsia, problemas de visão e audição. Algumas vezes são chamadas de crianças profundamente deficientes ou com múltiplas deficiências.Contudo, muito mais crianças são afetadas apenas levemente ou moderadamente uma estimativa por alto é de duas crianças em cem. No caso destas crianças pode não haver razão física para sua deficiência.

SINAIS DE ADVERTÊNCIA

Os sinais foram agrupados em seis áreas. Crianças que mostram sinais em todas essas áreas têm maior probabilidade de ter deficiência intelectual. Os problemas podem ocorrer em uma área mas não em outra, podem ser indicativos de uma dificuldade específica de aprendizado relacionada à leitura, escrita ou aritmética, por exemplo. Notem que as idades são linhas mestras inacabadas. O melhor índice de medidas são as idades em que as crianças daquela comunidade geralmente atingem estas habilidades. Mesmo assim, as linhas mestras devem ser usadas cautelosamente, já que há muita variação no desenvolvimento de crianças. Algumas crianças se desenvolvem naturalmente mais devagar que outras, sem que tenham deficiência intelectual. Privação pode causar este tipo de desenvolvimento mais lento. Morar numa comunidade multilinguística pode também atrasar o desenvolvimento da linguagem da criança, uma vez que está aprendendo diversas línguas ao mesmo tempo.

Lembrem-se também que as crianças podem desenvolver deficiência intelectual mais tarde na vida, tendo adquirido esses marcos. Isso pode ser o resultado de uma lesão na cabeça ou privação severa.

Conversa

*Não diz mamãe (ou o equivalente) por volta de 18 meses de idade*

*Não consegue dizer os nomes de alguns objetos familiares/pessoas por volta de 2 anos*

*Não consegue repetir canções simples/ritmos por volta de 4 anos*

*Não é compreendida por gente fora da família por volta de 5 anos*

*Fala de modo diferente de outras crianças da mesma idade

*Compreender linguagem*

*Não reage ao próprio nome por volta de 1 ano*

*Não consegue identificar partes do rosto aos 3 anos*

*Não consegue acompanhar estórias simples aos 3 anos*

*Não consegue responder perguntas simples aos 4 anos*

*Não consegue acompanhar instruções na classe com 5 anos*

*Parece ter dificuldade de compreender coisas que vocês estão dizendo quando comparado com outras crianças da mesma idade *

*Brincar *

*Não se interessa em brincar jogos simples de acenar com as mãos com 1 ano*

*Não brinca com objetos comuns (i.e. colher e panela) com 2 anos*

*Não entra em jogos com outras crianças por volta de 4 anos (i.e. agarrar,esconde-esconde)*

*Não brinca com outras crianças da mesma idade*

*Movimentar-se *

*Não consegue sentar sem apoio por volta de 10 meses*

*Não consegue andar por volta de 2 anos*

*Não consegue equilibrar-se sobre um pé por volta de 4 anos*

*Tem má coordenação motora. Movimenta-se muito diferentemente de*

*outras crianças da mesma idade*

*Comportamento*

*Comparado com crianças da mesma idade:*

*A criança tem pequeno tempo de atenção (attention span)*

*A criança tem memória fraca*

*A criança é hiperativa, agressiva ou rebelde*

*A criança é apática e indiferente*

*Leitura e escrita*

*Aos cinco anos de idade, ou depois de um ano na escola, a criança tem dificuldade de copiar formas tais como círculos e quadrados*

*-tem problemas em montar quebra-cabeças e pranchas de formas*

*-mistura letras como d e b*

*-tem dificuldade de sequenciar letras e palavras em “flash cards”*

*-não consegue lembrar cinco números ou palavras na ordem correta imediatamente depois de faladas.

Texto extraído das páginas 54 e 55 do documento da UNESCO

(Understanding and Responding to Childrens Needs in Inclusive Classrooms )– Guia para Professores